sexta-feira, 24 de outubro de 2014

O ódio e os gritos que não educam!


Ensaio 1 sobre a observação do cotidiano escolar:


Em meio aos conflitos de todas as espécies, ao caos instaurado, principalmente para quem ver de fora do processo de aprendizagem, ver esperança, acredito que é a principal tarefa de um educador, sobretudo aqueles que estão na periferia, tal como o individuo que os fala que dá aula na zona norte de Sorocaba.  
No ambiente escolar escuto algumas barbaridades, talvez as pessoas falem sem pensar, talvez nem acreditem de fato naquilo, mas as palavras de um educador tem um peso e acaba educando a si próprio, sempre escutei "você não pode sorrir para aluno",  "amizade com aluno é um absurdo" "se viu aluno X não faz nada", "estes alunos de hoje em dia não querem nada com nada" frases que até mesmo para o militante de esquerda que sou, tem um peso negativo.
Mas se tem alguma coisa que me define é a "teimosia", em meio ao caos, comecei a pisar devagar, algumas coisas eu aprendi de cara, outras com o tempo e creio que tantas outras terei que aprender ainda.
A primeira coisa que achei uma bobagem, e que sempre escutei é : "você não deve sorrir para alunos", tem professores que acreditam cegamente nesta metodologia e por ter esta crença tão forte terminam suas carreiras tomando rivotril e outros medicamentos para regular sono, o estresse e a depressão, hoje digo sorrir para aluno é fundamental, ninguém gosta de ter aula com robô, ser simpático com todos é educar também (caso isto não faça parte da sua personalidade não force também! né?).
Outra questão descabida e repetidas aos sete ventos: "é que aluno não quer nada com nada", mas esta demoramos um pouco mais para aprender, porque de fato tal como a educação está organizada, pensar isto é "normal", mas jamais aceitável, pois quando você trás o seu ensino para próximo da realidade, quando por algum motivo aquele aluno se identifica com você ou com sua disciplina, percebe que sim, eles tem interesses em diversas coisas, lógico que na sociedade atual os interesses se modificam e nem sempre conseguimos acompanhar.
Uma das mais grave difundidas é que "você não pode ter amizades com alunos", de fato eles não vão frequentar sua casa como seus amigos pessoais (ou vão), mas não parar uma aula para escutar os problemas deles, não ser compreensivo com seus dias ruins, não cumprimenta-los no corredor e depois esperar que eles tenham total confiança o que você ensina é pedir demais.
Concluo falando que a escola está longe da dos meus sonhos, mas jogar a toalha jamais,  achar que os alunos são inimigos muito menos, ensinar requer + amor, - gritos, valorize suas broncas, gritar sempre ensurdece as pessoas, saber a hora de conversar com eles sério ou de dar longas risadas é fundamental, somos seres de carne, ossos e poesia, precisamos cuidar disto, nós não temos o direito de perder a esperança, não na Escola.  


  


domingo, 1 de junho de 2014

Não vou ter COPA! #FIFAGOHOME


Como um apaixonado pelo futebol e pelas Copas do mundo, só tenho uma coisa a dizer #FIFAGOHOME , não aceito diversão a qualquer custo; em 29 anos de vida, primeira Copa que não significa nada na minha vida, daqui 4 anos volto a assistir, mas esta Copa com gosto de higienização, desapropriação, gasto publico desnecessários não me parece suficientemente boa, talvez seja um pouco de ingenuidade da minha parte, pois, na da Africa do Sul houve algo mais assustador que aqui, talvez porque agora seja com nosso compatriotas as injustiças.

 Mas digo  uma Copa onde só quem sai ganhando é a Odebrecht e seus amigos não me serve acreditava em uma Copa genuinamente Brasileira, onde as Seleções jogasse no mesmo estadio que nosso clubes jogam, poderiam até reformar os mesmos: Paecambu, Maracanã, Estadio dos aflitos, Vila belmiro etc... mas uma copa das construtoras, onde construir estadio era a regra básica, higienizar com Apps, militarizar, esconder a miséria, é uma Copa muito pequena, uma Copa no Brasil é bem diferente de um Copa  Brasileira.  
Por isso, é com muito pesar que não vou fazer o tradicional churrasco da fim da rua, no Heneide em Jandira, rua sem saida que para nossa felicidade, não fica próximo a nenhum estádio e afirmo não vou ter copa, a bandeira não comprei a camisa tradicional de 4 estrelas da melhor seleção de todos os tempos que me acompanha desde 2002 vai ficar engavetada.


Não vou ter Copa, Fifa volte para casa em Bom Português Agora!

sexta-feira, 16 de maio de 2014

O Debate da Copa não Começou ontem!

Bem amigos,

Parabéns ao guerreiros que foram para rua ontem no 15M sobre o lema "se não tem direito, não vai ter copa", alguns acham que este debate começou ontem, que os movimentos sociais só estão indo agora a rua, mas vai com calma, vou postar 4 videos que ilustram bem, que isto é uma grande farsa, mas não vou postar videos apenas de militantes, pessoas declaramente de esquerda, mas de dois jornalistas esportivos bárbaros Juca Kfuri e Jorge Kajuru, o imortal Sócrates e o que é sem duvida o melhor parlamentar que eu conheço atualmente Marcelo Freixo.

Juca kfuri falando da Copa antes mesmo de ter sido colocado o primeiro tijolo em 2011 de qualquer novo estadio, uma bela analise do que está sendo a copa:



Marcelo Freixo em defesa a Arena Maracanã, que seria destruída com inicio da reforma do maracanã 2012 

Doutor Sócrates falando a quem interessa a copa em 2011.


Por fim, Jorge Kajuru chutando o Balde e colocando o dedo na cara da família Teixeira em 2010.






sábado, 10 de maio de 2014

Geografia para além dos Muros da Escola



Poucos entendem esta paixão que os geógrafos têm por conhecer o mundo, andando por lugares cheios de insetos, acampando onde dá, subindo morros, que para muitos não faz tanto sentindo, viajando quilômetros para ver um rio, uma cachoeira, um relevo, um lixão, uma usina, um parque, uma festa caipira, um assentamento sem terra, mas foi por isso que me apaixonei pela geografia.
Esta semana fui levar meus pequenos para ir até o parque da biodiversidade - Sorocaba, alguns pequenos tem quase minha altura, mas gosto de usar este adjetivo, alguns despertaram um interesse sobre aquele lugar, as erosões, a mata, a bussola de celular, a posição do sol etc... outras se concentraram nos pernilongos que não eram poucos e nos deram motivos de boas risadas, mas quando vejo eles fazendo aquilo me reconheço de certa forma.
Considero este tipo de passeio como chama a escola e um estudo do meio como prefiro chamar; fundamental para que o aluno tome gosto pela ciência, pelo estudo e claro pela geografia, mostrar que os conteúdos de cada matéria é apenas a forma ou a "lente" que colocamos para ver o mundo, que as coisas na realidade não são separadas é fundamental e vai dar ao aluno uma maior autonomia.
Sempre que posso tento trazer para sala de aula, a forma que o geografo ou o estudante de geografia vê o mundo,  desde sua analise do relevo, processo de ocupação, até mesmo as coisas mais simples e corriqueira como o sistema de transporte, comércio e a industria.
Para finalizar trazer a realidade do aluno para sala de aula é fundamental, assim como levar o aluno para outras realidades também, seja através do Estudo do meio, ou até mesmo contando os relatos, os lugares onde você foi, qual sua visão como cientista daquele lugar?!


Se foi assim que me apaixonei pela geografia! porque quero que com meu aluno seja diferente!

"Para geografia nosso laboratório é o mundo"



"Gosto do terreno em desnível
que me inclina para o mar
Gosto dos atalhos
desenhados sobre a grama
Gosto desses deltas
desses rios
cheios de bifurcações
Mapas de sistemas de transportes
Linhas, pontos, estações"

Ludov






sexta-feira, 18 de abril de 2014

A importância das aspas no Ensino


Infelizmente quando chegamos para dar aula no Estado não temos uma recepção adequada ao meu ponto de vista, alguns coordenadores, mediadores, diretores falam muito sobre os seus deveres enquanto professor: preencher caderneta, seguir a grade curricular, fazer trabalhos domiciliares, planejamento, e outros que não faz tanto sentido:  manter os alunos em sala, não deixar ir ao banheiro em X aulas, manter a salas limpas etc..., todas estes deveres te limita; mas aos poucos você descobre que o professor tem autonomia, a partir deste momento você muda e torna-se outro professor.
Neste ano estou usando da minha  autonomia, estou há 1 mês em sala de aula este ano devido a demora de assumir o concurso, dei aula nos 2 últimos anos , mas só a Praxis nos permite ter uma visão da escola e da cultura escolar, e foi com esta visão que me permitir trazer o debate do mundo para dentro da sala de aula, vou falar aqui de algumas aspas que me deram um lindo resultado, não material e objetivo, mas um resposta no sentido do interesse dos alunos pela geografia, que é apenas um disciplina neste complexo quebra cabeça que é a escola.

A primeira aspas aberta foi no 50 anos da ditadura, muitos ficaram impressionados quando falei deste período, principalmente quando falei  na censura as mídias, e especialmente a tortura que acontecia nas pessoas que tinha um pensamento diferente do regime, trazer pela primeira fez causa um espanto em muitos, falar disso em uma sétima série é pisar em ovos, mas considero fundamental.

A segunda aspas, foi o Terremoto no Chile, professor Emerson e o Rico sempre me ensinaram aconteceu qualquer evento Natural, é papel do geografo explicar, usar alunos como placas tectônicas desperta um interesse  nos alunos muito grande. 


A terceira aspas, foi o Eclipse, muitos alunos ficaram acordado depois que eu fiz propaganda, quiseram me matar, por conta das nuvens que tamparam o eclipse, mas explicar a diferença de eclipse solar e lunar foi outra coisa que despertou o interesse dos alunos.

E por fim, a aspas aberta nesta quinta antes do feriado, aproveitei e falei sobre o Mochilão que vou fazer  na América latina (Peru e Bolívia) falar trecho, quando falei do Trem da Morte na Bolívia e de Machu Picchu, o delírio foi  geral, a pergunta mais bacana foi se o trem era igual do Harry Potter, quando falei que era, uns 5 falou que queria ir (risos).


Na vida considero todos os momentos passageiros, e tenho certeza que este período que estarei dentro de sala de aula no ensino básico será também, mas serão sem duvidas os que me darão as melhores lembranças da minha vida, nunca me sentir tão feliz com que estou fazendo e só para finalizar vou postar um mapa feito a partir de uma imagem área do google, pelas minha quinta série, para alguns um rabisco mal feito, mas para mim um excelente desenvolvimento de uma visão espacial para uma criança de 10 anos !

Geografia é amor !

sexta-feira, 11 de abril de 2014

"O Fessor; por que se dá aula?"


A pedido da senhora militante do PCR Mari Mendes ...

Por onde começar um texto de tamanha complexidade, não por se tratar de uma discussão sobre epistemologia do ato pedagógico que é dar aula, mas sim por tentar falar do cotidiano de um professor que está no seu terceiro ano de profissão; mas como bem disse minha mãe "vamos começar do começo".
Comecei minha militância aos 16/17 anos quase ao mesmo tempo no Grêmio da Escola e na Pastoral da Juventude, a essa segunda que fiquei 6 anos da minha vida, devo muito, pois ela me ensinou que o militante vive com um negócio que grita na sua cabeça que se chama "consciência", e foi ela que me apresentou uma frase que definitivamente "ferrou" com minha vida ""É Fundamental diminuir a Distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a sua fala seja tua prática" Paulo Freire
E porque eu digo ferrou minha vida, me vi aos 23 anos, trabalhando com T.I (suporte em informática) de roupa social, em um ar condicionado, em empresas como Natura, SKY, citibank, Accor hotels; sonho de qualquer pessoa e aos finais de semana, indo ao Fora Bush, manifestações, lendo livro sobre a ditadura: mas a consciência gritava " É Fundamental diminuir a Distância entre o que se diz e o que se faz".
Foi então que graça a este bichinho chamado consciência que decidir por uma fez por toda "vou prestar sociais" sociais? sociais.. não tinha ainda a visão do que era a geografia,  e tinha certeza que sociais era o melhor caminho, mas por brincadeira do destino resolvi prestar geografia para depois transferir para sociais, foi ai que mudou minha vida, me apaixonei pelo curso e hoje fui parar dentro de uma sala de aula.
Eis que a Mari indaga: "Jandira  eu queria saber do cotidiano escolar, pará de enrolar"
No começo eu pensava dar aula é uma montanha russa, alguns dias você vai dar a melhor aula do mundo e outros dias vai ser um caos, foi a partir deste pensamento que eu comecei a dar aula, mas novamente a consciência bate na porta e diz: "qualé?" desde de então eu comecei a pensar, vou tentar reduzir este dias difíceis ao máximo, se é esta a profissão que escolhi preciso transformar a sala de aula em um ambiente no qual eu sinta prazer em entrar.
A partir de então, posso sair cansado, posso sair morrendo da sala de aula, mas não me permito ser mais um para entrar nas estatísticas, quero ser aquele professor que do chamado "pior" ao "melhor" aluno, todos de alguma forma me respeite, porque eu vou respeitar eles.
Muitos acham que parar uma aula para conversar com 3 ou 4 alunos é perder aula, estes dias chamei 5 alunos para fora para conversar, pois estavam sem fazer lição, 3 voltaram fazendo, não tem coisa melhor, dois alunos entregaram a prova em branco, chamei os dois coloquei na minha carteira e fiz as peguntas oralmente, acertaram 4 perguntas de 5 ! 8 de nota os dois.
Acho que está frase do Paulo freire é uma boa dica para quem quer dar aula,vou tentar fazer uma lista de aprendizados abaixo, com certeza farei outros post, mas já considero um bom começo, por enquanto é só Mari Mendes !

1 - Nunca chame atenção de um aluno na frente dos outros, tire da sala, ele vai ser mais sincero com você.
2 - Alguns alunos vão aprender tudo que você falou, mas não vão conseguir por no papel.
3 -  Quando você é um professor novo, eles vão te testar de todas as formas e enquanto eles não tiver confiança em você, você não vai ensinar nada.
4 - Têm alunos que fazem bagunça só para te chamar atenção
5 - Trate com respeito todos que os respeito volta.
6 - Cumpra os acordos, mesmo que vá ter problema com a direção.
7 -  Não transforme  o ato de dar aula em um fardo
8 -  Não é um post de alto ajuda
9 -  A Escola não está fora da sociedade, então os problemas sociais vão estar presente
10 - Se o aluno roubar sua caneta, roube a dele tb, assim vai ter uma equilíbrio e vc nunca ficara sem caneta (kkkk)   
   



  

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

TCC - Assentamento Irmã Alberta na Metrópole de São Paulo



Amigos e companheiros, estou compartilhando o meu TCC, aproveitando este clima de luta do 6º Congresso do MST, que ele sirva de ferramenta de luta aos amigos, companheiros de estudos e aos assentados a reforma agraria!

TCC completo link

* O trabalho buscou definir o conceito de camponês e campesinidade, sobretudo através da perspectiva da ordem moral camponesa.

*fez um breve resgate do histórico do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra),
realizou uma discussão no que se refere à ocupação como a forma mais efetiva e eficaz de resistência criada pelos camponeses frente ao avanço do agronegócio.

*Desenvolve-se uma analise da política de reforma agrária pós-redemocratização até o presente momento, chegando ao então conceito de Contra-Reforma Agrária.

* Diante de tal discussão trouxe a tona o debate sobre o objeto de estudo,Assentamento Irmã Alberta, localizado em São Paulo, evidenciando a sua organização, seu histórico e as contradições presentes em um assentamento rural na metrópole de São Paulo,

*Finalizando com uma reflexão sobre o Estudo do Meio em Assentamentos Rurais enquanto método.



Palavras-chave: Geografia Agrária. Assentamentos Rurais. Reforma Agrária.






sábado, 9 de novembro de 2013

Alexandre Vannucchi Leme x E.E Antonio Padilha



Hoje dou aula no E.E Antonio Padilha, localizada em Sorocaba, a escola é de 1896, fundada ainda como grupo escolar, mas o que quero refletir é sobre o claro descaso com história da mesma, além de ter uma história centenária, teve como estudante Alexandre Vannucchi Leme militante do Movimento Estudantil e da ALN (Ação Libertadora Nacional) na época da Ditadura.

Alexandre Vannucchi Leme aluno da Geologia da USP foi preso, torturado e morto pelo DOI-CODI ("Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna"), órgão este responsável pelas torturas no Estado de SP na ditadura; Este fato foi escondido de sua família, sendo que a mesma teve que ir atrás dos reais motivos de sua morte e luta por justiça até hoje. 

Na época da morte por tortura, os militares forjaram para ele uma morte por atropelamento, como era muito comum na época, também enterraram o mesmo como indigente no Cemitério de Perus jogando nele muito cal para não mostrar as marcas das torturas.

Alexandre ou "minhoca" como era conhecido, hoje é referência na luta contra os crimes da Ditadura, sobretudo na Comissão da Verdade (grupo criado para investigar os crimes cometidos na Ditadura), sendo também nome do DCE (Diretório Central de Estudantes) da USP e referência Nacional da luta estudantil.

Infelizmente se hoje aparecermos na porta do Padilha, como a escola é conhecida, poucos alunos saberão desta história e também poucos têm a nitida noção da triste realidade que sofreu o movimento estudantil durante a ditadura, uma realidade complicada, pois, dá margem para que a história se repita.

Espero que com este post em forma de relato tenha plantado uma semente de curiosidade, nos estudantes do Padilha, no visitante do Blog, no cidadão Sorocabano. 

"Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo." 
Paulo Freire



domingo, 27 de outubro de 2013

[Machismo Atlética Computação] O dia que eu senti vergonha de Estudar na Federal.


A postura da Atlética da BCC (Bacharel em Ciência da Computação) em não escrever os times femininos no Intercurso é reflexo claro de uma sociedade machista, o que já é um absurdo (veja o caso na página do Face do D.A), mas a solidariedade machista presente no curso de computação é infinitas vezes pior, a soma destes dois fatos me fez sentir vergonha de Estudar em uma Federal e vou tentar explicar neste texto.

A primeira coisa que vou comentar é em relação a frase dita por diversos homens do curso : “Deixa o pessoal que é do curso resolver, quem não é do curso não tem direito de falar” esse tipo de postura presente também fora das cercas da UFSCar é claro reflexo de uma postura omissa da sociedade, onde somente quem deve discutir isto; é quem é a vitima  e o opressor, parte da mesma lógica da frase “em briga de marido e mulher ninguém mete a colher” e seguindo está lógica Machista, hoje o Brasil aparece na lista de países que mais têm homicídio de mulheres no Mundo.

Outro elemento que apareceu é a defesa “isto não tem nada a ver com machismo”, mas vamos lá, se de fato não é machismo, por que todos os times masculinos foram escritos, mesmo todo mundo sabendo que os resultados do Masculino da BCC é anos luzes pior que os times femininos, então qual foi o critério, pergunto ao Exmo senhor Presidente da atlética Raça Brisão.

Esta é talvez a frase mais infeliz: "num curso com 70% de homens, não acho machismo não inscreverem os times femininos. É matemática", naturalizar o preconceito, dizer que as coisas são assim e pronto é outro elemento presente na sociedade, porém que deve ser combatido à todo momento, houve um tempo que naturalizaram a “escravidão” com frases “mas são negros é natural que sejam escravos” houve outro tempo que naturalizaram o fato da mulher não votar “ são mulheres é óbvio elas não votam” e novamente naturalizam o preconceito no ambiente que tem na sua gêneses um aspecto transformador que é a Universidade. 

Por fim em reposta ao Senhor presidente da Atlética da Computação:






Acho que o senhor está levemente enganado, “machista pode esperar, sua hora vai chegar” convidamos todos para reunião Terça (29) as 18:00 evento no Face: Mulheres também joga .



"Querer-se livre é também querer livres os outros." Simone de Beauvoir