terça-feira, 25 de agosto de 2009

Álvaro de Campos - PASSAGEM DAS HORAS

"Trago dentro do meu coração,
Como num cofre que se não pode fechar de cheio,
Todos os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero."

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

DO CAPITAL E A EDUCAÇÃO (Introdução) por Felpis

Torna-se difícil no contexto atual, negar que a educação e os processos de reprodução social estão intimamente ligados. Nos últimos anos, a educação institucionalizada serviu ao propósito de fornecer os conhecimentos e o material humano necessário a maquinaria produtiva em expansão do sistema capitalista, mas também, o de gerar e transmitir um quadro de valores que legitima os interesses dominantes como se não pudesse haver alternativa a gestão da sociedade na forma institucionalizada, ou na forma de uma dominação hierárquica estrutural. A questão crucial desta legitimidade é assegurar tanto a adoção por parte de cada indivíduo das aspirações reprodutivas da sociedade como seu próprio objetivo de vida,como o de produzir conformidade sobre estas mesmas aspirações, levando os mesmos a adotar os limites “éticos” da sociedade como seus próprios limites individuais inquestionavelmente. Uma reformulação educacional significativa que tenha como imperativo; a formação do individuo como observador crítico e agente transformador de sua própria realidade - a partir da educação, só pode ser concebida de maneira integral, quando houver um rompimento com a lógica de reprodução social vigente. A razão pelo qual os esforços em instituir reformas na sociedade por meio de reformas educacionais - costumam não atingir o efeito desejado devendo-se ao fato de que a maioria destes intentos é designado para funcionar dentro da estrutura metabólica do capital de maneira reformista, e o mesmo é irreformável porque sua própria natureza como sistema regulador sistemático é incorrigível, portanto, torna-se necessário romper com a lógica do capital se quisermos contemplar a criação de uma alternativa educacional significativamente diferente. Contudo, a tarefa é incomensuravelmente maior do que a negação do capitalismo, pois é necessário nas palavras de Istvan Meszáros, ir “para além do capital”, ação esta que tem como objetivo a realização de uma ordem social que positivamente sustente-se sem referências aos males do capitalismo, transição esta em que a educação exerce um papel de extrema importância, tanto para a elaboração de estratégias apropriadas, como para a auto-mudança consciente dos indivíduos chamados a concretização desta ordem social radicalmente diferente. A gestão das funções do processo de produção social e das práticas educacionais deve ser protagonizada pelos próprios indivíduos de acordo com os requisitos que os mesmos julgam necessários a comunidade. A educação neste caso torna-se contínua - constituinte estritamente necessário para uma sociedade que busque a superação do sistema social metabólico do capital.

fonte:leiaerepasseufscar.blogspot.com

domingo, 9 de agosto de 2009

MST - Discurso de Stédile

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Brasil comemorou 25 anos em Janeiro, 2009, no XIII Encontro Nacional do MST no assentamento Anonni, em Rio Grande do Sul. Em seu discurso o co-fundador, João Pedro Stédile, explico a marca historica e agora o "novo momento" pro MST.


fonte: http://www.mst.org.br/node/7734

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Vem ai as Conferências de Comunicação

Ola amigos,

Neste final de semana estive presente na pré-conferência Paulista de Comunicação que tinha como eixo temático: A democratização da comunicação, etapa esta que faz parte de uma conferência de comunicação (Confecom) que ira acontecer nacionalmente, lá foram debatidas diversas questões sobre temas ligados a comunicação, e foram tiradas algumas propostas bastante relevantes sobre o tema, entre elas questões como: uma maior variedade de canais que valorize nossa cultura, uma programação que respeite a diversidade, observatório de mídia para que possamos fiscalizar melhor as programações, um canal de denuncia (telefone, internet) para apontar programas e propagandas abusivas na TV, revisão dos critérios para as concessões de rádio e TV, além da discussão sobre a propriedade cruzada dos meios de comunicação (quando o mesmo grupo empresarial detém várias mídias, exemplo disso é a Rede Globo) também pautaram os debates.
Nossa missão enquanto jovem é esta atento às datas das etapas desta conferência para que possamos participar efetivamente desta discussão visa trazer benéfico a toda população e principalmente aos jovens que são os que mais utilizam as diversas mídias.

Fique atento a estes sites:
Brasil
http://proconferencia.org.br/
São Paulo
http://www.proconferenciasp.org


Calendário das etapas:
De 1/7 a 31/8 - Conferências Municipais
De 1/9 a 31/10 - Conferências Estaduais
De 1/11/09 a 1/12/09 - Entrega dos relatórios estaduais e confecção dos cadernos da 1ª Confecom
Dias 1, 2 e 3/12/09 - Conferência Nacional em Brasília
Fevereiro de 2010 - Publicação dos relatórios e resultados da 1ª Confecom

domingo, 2 de agosto de 2009

Metade

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio

Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.

Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

Oswaldo Montenegro
Composição: Oswaldo Montenegro