terça-feira, 2 de julho de 2013

Barricadas fecham as ruas, mas abrem os caminhos



Que tipo de sociedade queremos ou somos? E para quais caminhos queremos apontar, descobrimos recentemente que somos capazes de fazer barricadas, manifestações, ocupações, e quando digo descobrimos, não falo daqueles que fazem isto a tempo os partidos de esquerda e os movimentos sociais, os anarquistas e os militantes independentes, mas ao restante da população.

Acostumamos por muito tempo que as coisas estavam dadas, é assim mesmo, nada vai mudar, a culpa de ter tão poucas ferrovias era do JK, a do transito é da falta de planejamento do passado e dos alagamentos é porque deixaram no passado ocupar aquelas áreas. 

Mas nada deve ser impossível mudar, um jargão utilizado recentemente na campanha do Freixo, mas considero apropriado para o texto, e para dizer que não falei das flores, vamos lá, devemos sim nos Rebelar contra todo este modelo de desenvolvimento que não nos pertence e não nos beneficia.

José de Souza Martins um sociólogo fala no livro o Poder do Atraso (1994) o quanto uma pequena oligarquia se beneficiou historicamente do atraso do Brasil, e hoje eu pergunto, a quem interessa um Brasil, sem investimento em Mobilidade Urbana? Sem Reforma Agrária? Sem reforma urbana? Sem Ferrovias? Sem Reforma Política? Se não novamente a uma pequena parcela da população.

Porém ao nos remeter ao pensamento do Martins, temos que trazer uma novidade, as grandes multinacionais capitalistas de capital estrangeiro ou nacional, e dar sim nome aos bois, quem são estes que se beneficiam do atraso da maioria, pois, temos claro que as repostas simplistas já não servem, não tem verba, não dá para fazer; pois em um país que gasta 80 milhões diretamente com a Copa, não pode fingir que não tem dinheiro para investir em mudanças estruturais. 

Fiz um pequeno esforço de apontar a quem não interessa o diversos investimentos : 

Mobilidade Urbana: aos Empresários da Imobilidade (empresas de ônibus, concessionária de rodovias, empresas que vivem de Multas); 

Reforma Agrária: aos capitalista do Agronegócios ; 

Reforma Urbana: aos capitalistas que vivem de especulação Imobiliária; 

Ferrovias: Sem dúvida as Multinacionais do Petróleo; 

Reforma política: A todos das opções anteriores, aos partidos que se beneficiam, as grandes multinacionais e a uma infinidades de capitalistas.



Por fim encerro falando as barricadas fecham as ruas, mas abrem os caminhos, vamos trazer todo o acúmulo dos debates dos movimentos sociais e dos partidos de esquerdas para rua, temos claro quem são aqueles que se beneficiam do atraso de muitos, não são as barricadas que tiram nossos direitos de ir e vir, mas sim o próprio capitalismo com seu desenvolvimento desigual.

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