domingo, 27 de outubro de 2013

[Machismo Atlética Computação] O dia que eu senti vergonha de Estudar na Federal.


A postura da Atlética da BCC (Bacharel em Ciência da Computação) em não escrever os times femininos no Intercurso é reflexo claro de uma sociedade machista, o que já é um absurdo (veja o caso na página do Face do D.A), mas a solidariedade machista presente no curso de computação é infinitas vezes pior, a soma destes dois fatos me fez sentir vergonha de Estudar em uma Federal e vou tentar explicar neste texto.

A primeira coisa que vou comentar é em relação a frase dita por diversos homens do curso : “Deixa o pessoal que é do curso resolver, quem não é do curso não tem direito de falar” esse tipo de postura presente também fora das cercas da UFSCar é claro reflexo de uma postura omissa da sociedade, onde somente quem deve discutir isto; é quem é a vitima  e o opressor, parte da mesma lógica da frase “em briga de marido e mulher ninguém mete a colher” e seguindo está lógica Machista, hoje o Brasil aparece na lista de países que mais têm homicídio de mulheres no Mundo.

Outro elemento que apareceu é a defesa “isto não tem nada a ver com machismo”, mas vamos lá, se de fato não é machismo, por que todos os times masculinos foram escritos, mesmo todo mundo sabendo que os resultados do Masculino da BCC é anos luzes pior que os times femininos, então qual foi o critério, pergunto ao Exmo senhor Presidente da atlética Raça Brisão.

Esta é talvez a frase mais infeliz: "num curso com 70% de homens, não acho machismo não inscreverem os times femininos. É matemática", naturalizar o preconceito, dizer que as coisas são assim e pronto é outro elemento presente na sociedade, porém que deve ser combatido à todo momento, houve um tempo que naturalizaram a “escravidão” com frases “mas são negros é natural que sejam escravos” houve outro tempo que naturalizaram o fato da mulher não votar “ são mulheres é óbvio elas não votam” e novamente naturalizam o preconceito no ambiente que tem na sua gêneses um aspecto transformador que é a Universidade. 

Por fim em reposta ao Senhor presidente da Atlética da Computação:






Acho que o senhor está levemente enganado, “machista pode esperar, sua hora vai chegar” convidamos todos para reunião Terça (29) as 18:00 evento no Face: Mulheres também joga .



"Querer-se livre é também querer livres os outros." Simone de Beauvoir

5 comentários:

  1. Falar "mas a solidariedade machista presente no curso de computação é infinitas vezes pior" tá meio longe da realidade. Soou como uma generalização, e não é legal, principalmente porque machismo é exatamente isso.

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  2. não soou como uma generalização, ele se refere apenas à solidariedade machista presente no curso.

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  3. eu falo pior em relação a primeira atitude! a de não permitir as meninas jogar!

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  4. Que post extremista, exagerado e ridiculo. É fácil resolver isso, façam um time com compromisso de jogar, e joguem. A atlética cansou de pagar multa porque o time é inscrito e perde por WO. Isso não é machismo, isso é o óbvio. Se o time masculino de qualquer modalidade ficar dando multa por W.O., eles também não vão mais inscrever. Mais uma vez vejo um post extremista que mascara completamente a história para puxar sardinha da ideologia que defende. Isso é ridiculo, esse tipo de atitude só faz o movimento, ideologia, ou seja lá como queiram chamar isso, perder completamente o respeito. Quem conhece a história e le um post desse, logo perde completamente o respeito. Vocês perdem a credibilidade. Comparar a não inscrição de uma equipe que sempre perde por W.O. com homicidio? Hahaha, que coisa ridicula, sejam mais razoáveis ou aceitem para sempre que ninguém ouça os kilos de bobagens que vocês insistem em dizer.

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  5. Luis Falcão, não seria mais plausível combinar com o time feminino que se elas perdessem por W.O. a dívida seria responsabilidade delas e não da Atlética? Não conheço a história, então por favor entenda como uma dúvida e não como qualquer outra coisa.

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